Viana do Castelo é uma cidade portuguesa com 38.045 habitantes, sede do Distrito de Viana do Castelo, na Região Norte.
A ocupação humana da região de Viana remonta ao Mesolítico conforme o testemunham inúmeros achados arqueológicos anteriores à cidadela pré-romana no monte de Santa Luzia.
A povoação de Viana da Foz do Lima, como era chamada por essa altura, recebeu Carta de Foral de Afonso III de Portugal passada em 18 de Julho de 1258. A prosperidade que desde então conheceu, tornou-a num importante entreposto comercial, vindo a ser edificada uma torre defensiva (Torre da Roqueta) com a função de repelir os piratas oriundos da Galiza e do Norte de África, que procuravam este porto.
O próspero comércio marítimo com o norte da Europa, envolvia a exportação de vinhos, frutas e sal, e a importação de talheres, tecidos, tapeçarias e vidro. O espírito comercial de Viana atingiu tais proporções que a rainha Maria II de Portugal concedeu alvará à Associação Comercial de Viana do Castelo em 1852, naquela que é, na actualidade, a 4ª entidade patronal mais antiga do país.4 A mesma soberana, para recompensar a fidelidade da população de Viana, que não se rendeu às forças do conde de Antas (1847), decidiu elevar a vila à categoria de cidade, com o nome de Viana do Castelo (20 de Janeiro de 1848).
Na cidade, que cresceu ao longo do rio Lima, podem ser observados os estilos renascentista, manuelino, barroco e Art Déco. Na malha urbana destaca-se o centro histórico, que forma um rectângulo delimitado pelos vestígios das antigas muralhas. Aqui cruzam-se becos com artérias maiores viradas para o rio Lima, e destacam-se a antiga catedral em estilo gótico, que remonta ao séc. XV, a da Misericórdia (séc XVI), a Capela das Almas, e o edifício da antiga Câmara Municipal, na Praça da República (antiga Praça da Rainha), com uma fonte em granito, com uma bacia de casal e tanque, construída em 1559.
Fora do centro da cidade, em posição dominante no alto do monte de Santa Luzia, destaca-se a Basílica do Sagrado Coração de Jesus ou de Santa Luzia, cuja construção iniciou-se em 1903, inspirada na Basílica de Sacré Coeur em Paris, de onde se descortina uma ampla vista da cidade, do estuário do rio Lima, e do mar.
Como uma das cidades mais antigas do país, é conhecida pelas suas tradições e lendas. O ciclo de festas inicia-se em Maio com a "Festa das Rosas de Vila Franca do Lima" e termina em Agosto com a "Romaria de Nossa Senhora da Agonia". Esta última remonta ao século XVIII, sendo referida pela primeira vem em 1744. É composta pelo Desfile da Mordomia, pela Procissão da Senhora da Agonia, pelo Cortejo Etnográfico onde desfilam as famílias mais antigas e ricas do concelho, nos seus antigos trajes feminino, ricamente adornados com as típicas filigranas em ouro de Póvoa do Lanhoso, pela Festa do Traje e no último dia é realizada a Procissão ao Mar em honra à santa padroeira dos pescadores, sendo as ruas decoradas pelos característicos "Tapetes Floridos", cuja confecção pode ser observada nos dias anteriores.
Lenda da origem do nome: Diz a lenda que uma linda rapariga chamada Ana, que vivia no território que integra actualmente a cidade, num castelo feito de pedra. Era um grande e famoso castelo, admirado por muita gente que lá passava regularmente para assim poder observá-lo. Quando lá passavam, começaram a reparar que de vez em quando surgia uma princesa numa das janelas do castelo, uma linda rapariga, com uns longos cabelos loiros com duas tranças, de faces rosadas e olhos claros - a princesa Ana. Contudo, esta princesa era também extremamente tímida, escondendo-se perante o olhar das pessoas. Um dia, essa princesa apaixonou-se por um rapaz que vivia do outro lado do rio, que também gostava muito dela. Ele ficava tão contente por vê-la que, cada vez que voltava à outra margem, dizia contente "VI A AANA! VI A ANA DO CASTELO!". Repetiu-o tantas vezes, que passaram a chamar "Viana do Castelo" à cidade onde a princesa morava.